Fitoterapia tem se tornado cada vez mais popular entre os povos de todo o mundo. Há inúmeros medicamentos no mercado que utilizam em seus rótulos o termo “produto natural”. Produtos à base de ginseng, carqueja, guaraná, confrei, ginko biloba, espinheira santa e sene são apenas alguns exemplos. Eles prometem, além de maior eficácia terapêutica, ausência de efeitos colaterais. Grande parte utiliza plantas da flora estrangeira ou brasileira como matéria-prima. Os medicamentos à base de plantas são usados para os mais diferentes fins: acalmar, cicatrizar, expectorar, engordar, emagrecer e muitos outros.
No entanto, os pacientes não sabem que muitos fitoterápicos podem interferir na cirurgia e na anestesia, e esquecem de comentar com seus médicos a respeito do seu uso.
Estudos recentes relataram que diversas plantas medicinais, entre elas: efedra, ginseng, alho, gengibre, Ginkgo biloba, erva de São João, valeriana, equinácea, passiflora, camomila e kava-kava, Bromelina (abacaxi), cúrcuma, romã, chá verde e guaco podem ter interações com remédios usados durante a cirurgia (anestesia) e no pós-operatório.
Um dos efeitos mais preocupantes destes fitoterápicos é o de reduzir a coagulação do sangue (afinar o sangue). Este efeito, potencializado pelos remédios anticoagulantes utilizados no pós-operatório (Clexane, Xarelto) das cirurgias plásticas pode desencadear um sangramento aumentado (hemorragia) na área operada.
Portanto, na consulta pré-operatória, sempre lembre de comunicar seu médico caso você esteja usando algum fitoterápico!